Sobre contestação de Cruzeiro do Sul, coordenador explica que IBGE segue mapeamento do Estado

Foto: Gabriela Hautrive | Coordenador do censo demográfico do IBGE em Lajeado, Paulo Ricardo Hamester

Conforme divulgado pela Rádio Independente, o município de Cruzeiro do Sul recebeu um comunicado da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), de que o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou no dia 28 de dezembro de 2022, a Decisão Normativa nº 201/22 com os coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios – FPM para o ano de 2023, com base no Censo preliminar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Porém, os números apurados pelo IBGE ficaram abaixo do estimado pelo município. A administração alega que o IBGE se utilizou de um mapa onde não consta a Rua da Divisa na contagem, inclusive o Posto de Saúde do Passo de Estrela, que ficaria do lado de Lajeado. Para a reportagem da Rádio Independente, o coordenador do IBGE na área de Lajeado, que abrange 24 municípios, Paulo Ricardo Hamester, explica que o censo apenas segue o que é mapeado pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Ele relata que a contestação do município não é diretamente ao IBGE, mas sim com origem a questões de limites entre os municípios de Lajeado e Cruzeiro do Sul. “Em 2013, por solicitação do município de Lajeado, o Governo do Estado reviu as divisas, se não me engano em razão do campo do Lajeadense. Feita essa revisão, atestou-se que a Arena Alvi Azul está no município de Lajeado, mas também se mexeu em outros pontos. Um deles, o mais afetado, foi ali na divisa do Morro 25, bairro de Lajeado, com o Passo de Estrela, bairro de Cruzeiro do Sul”.

Antes a divisão era na conhecida “Rua da Divisa”, agora passou a ser na Rua Nossa Senhora de Fátima, que envolve centenas de pessoas, inclusive com Posto de Saúde e escola de Cruzeiro do Sul, porém na área considerada de Lajeado. Em 2017, o município de Cruzeiro pediu novamente uma revisão e o governo deixou o limite em aberto, ou seja, há indefinição. “O estado jogou para os dois municípios envolvidos, que definam, e isso parece que está acontecendo, mas o IBGE para fazer o censo, ou qualquer outra atividade, precisa de um limite oficial”, explica Paulo.

Texto: Gabriela Hautrive/reportagem@independente.com.br

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