Na última semana iniciou em Cruzeiro do Sul a construção dos microaçudes provenientes do Governo do Estado para agricultores familiares. O recurso para a elaboração destes reservatórios vem através do Programa Avançar Irriga + RS, numa parceria entre municípios e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).
Num primeiro momento foram realizadas as inscrições dos agricultores interessados, no escritório municipal da Emater-RS/Ascar. Depois disso, conforme o técnico em agropecuária Maurício Júnior Antoniolli, a Emater e a Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente fizeram uma visita nas propriedades inscritas para uma pré-análise, verificando se a área escolhida pelo inscrito, para fazer o reservatório, se enquadrava na legislação ambiental.
Restaram 13 inscritos. Esses nomes precisaram ser apresentados para o Conselho Agropecuário Municipal, tendo em vista que Cruzeiro do Sul tinha direito a construção de dez unidades. Assim, foi selecionada a dezena, restando três suplentes. Essas documentações foram enviadas ao governo estadual para análise final do enquadramento. Lembrando que o produtor rural deveria possuir local adequado com disponibilidade de água para reservação, ter enquadramento como agricultor familiar (DAP) e propriedade inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Infelizmente alguns não atenderam todos os requisitos, restando apenas sete. Estes são os que estão sendo contemplados”, assinala Antoniolli.
Lembrando que o recurso proveniente do Estado é a fundo perdido, específico para projetos de irrigação, como horticultura e grãos e para dessedentação animal, não sendo possível, por exemplo, para reforma ou para criação de peixes.
O primeiro açude foi feito na propriedade de José Carlos Gonçalves de Mattos, na localidade de Linha Lotes. Nesta localidade são mais dois. Os demais são: dois na Linha Sítio, um na localidade de Sampaio e um na Linha Primavera. Todos devem estar concluídos até a próxima semana.
Antoniolli explica que não é padronizado um tamanho para o reservatório, mas sim, um limite de horas-máquina para realizar o serviço. “São, no máximo, 24 horas por propriedade, exclusivamente para a construção de açude. Caso não for necessário todo o período, é um valor que retornará para o Estado”, explica. Ele acrescenta que o dinheiro para o pagamento das horas foi repassado ao município, o qual realizou um processo licitatório para a contratação de uma empresa terceirizada que está realizando as obras.
Os projetos técnicos dos microaçudes foram elaborados pela Emater. Esta por sua vez, na companhia do município, segue acompanhando e fiscalizando a execução do serviço.
