O prefeito João Dullius assinou ontem (27) o Decreto de Situação de emergência, em função das perdas ocasionadas pela estiagem. A partir do Decreto, a Administração Municipal pretende buscar recursos e incentivos para minimizar as perdas.
Conforme levantamento realizado pela Emater e Secretaria da Agricultura, as lavouras de milho plantadas na safra ocupam uma área aproximada de 2.900 hectares, com perdas superiores a 60% no grão e 54% na silagem, afetando 336 famílias. Há lavouras que apresentam perdas acima de 80% (grãos). As lavouras de Tifton e o pasto nativo estão secas, com uma perda estimada em 20% do volume total.
Com as perdas das pastagens e grande parte da silagem de milho, a alimentação do rebanho foi comprometida, chegando a redução de 30% a produção de leite por, pelo menos 180 dias, prejudicando 84 famílias. Já o gado de corte deve ter redução de 20% na conversão de carne, prejudicando 234 famílias.
A soja teve perdas superiores a 50%, atingindo 230 famílias, enquanto o aipim, que ocupa aproximadamente 260 hectares, em 100 propriedades familiares têm perdas superiores a 20%.
A produção de hortaliças está presente em diversas propriedades, que fornecem para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Central de Abastecimento (CEASA) e mercados locais e regionais. Estima-se 15 hectares atingidos pela estiagem, com uma perda aproximada de 30% na produção.
Com base nas lavouras e criações afetadas pela estiagem atual, a estimativa é de que 680 famílias tenham sido atingidas diretamente, no município. Diante disto, o Município decretou situação de emergência, a exemplo de outros cerca de 50 em todo o Rio Grande do Sul.
O prefeito e o vice João Celso Führ, o Monga, conferiram algumas das lavouras prejudicadas.
