“O pedágio vai ficar onde está e ainda aumentará o valor”, reclamou o prefeito de Cruzeiro do Sul e presidente do G8, João Dullius, sobre plano de concessão de rodovias, durante entrevista à Rádio Independente, de Lajeado. Para o gestor, não existe vantagem para o município e, após encontros com o governo estadual, a conclusão é que não há “luz no túnel”. “Tivemos reuniões com o governador Eduardo Leite, mas não vi uma preocupação. O Estado está focado no pedágio, nos valores, e não na dificuldade do município”, diz.
Dullius argumenta que Cruzeiro do Sul e Encantado, onde os pedágios estão instalados no Vale do Taquari, deveriam ter uma vantagem, em relação aos demais, pois hoje todos receberão valores e investimentos da concessão. Com recursos da praça, disponibilizados em um fundo, o município poderia fazer um projeto para exonerar os munícipes, exemplifica.
“O pedágio nos divide”, reclama. “Boa Esperança, Linha Nova, Conceição e 22 de Novembro estão do outro lado do pedágio.” Há cruzeirenses, por exemplo, que tem sua propriedade rural de um lado, e a residência, do outro.
Dullius afirma que o mais justo seria colocar o pedágio na divisa com Mato Leitão. No entanto, o Governo do Estado diz ser inviável pelo alto valor da mudança de local da praça, localizada na RSC-453.
Outro ponto que traz indignação ao prefeito de Cruzeiro do Sul é que, de acordo com ele, os investimentos em infraestrutura serão realizado somente daqui a 20 anos. A praça de pedágio está instalada no município há 23 anos.
Texto: Rodrigo Gallas