Para geólogo três dias com tempo seco são necessários para uma nova análise

Foto: Vinícius Mallmann/Rádio Independente

A situação da área central de Cruzeiro do Sul preocupa geólogos, Defesa Civil e Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS. Em reunião realizada na prefeitura na tarde desta sexta-feira (24), o grupo deu andamento aos trabalhos e determinou prazos para os próximos passos.

Ao final, o grupo se deslocou até o ponto que precisou ser evacuado e se assustou com a situação do solo. Conforme um dos geólogos responsáveis pelo estudo entregue ao estado, Adelir José Strieder, da última segunda-feira (20) até esta sexta, a superfície acabou cedendo e se movimentando mais de três centímetros.

Diante disso, uma ordem foi dada ao município e à Brigada Militar, e a área, além de ter sido evacuada, também precisará ser interditada, ou seja, sem nenhum tipo de movimentação. Porém, uma organização será feita para que as pessoas possam remover seus pertences das residências, pois muitas acabaram saindo sem retirar nada. “Tem fendas que entra a minha perna até pra cima do joelho, isso é muito perigoso”, destacou o geólogo.

Outra situação que preocupa os especialistas é uma residência de dois pisos que apresentou novas rachaduras e durante a visita da tarde foi possível ouvir estalos no imóvel.

Sobre uma possível volta para as residências, Strieder afirmou que um período de tempo seco será necessário para uma nova avaliação. “Já estamos avaliando medidas de contenção e o que vamos fazer com os estudos que estão sendo feitos, mas a gente precisa de um período de estiagem, sem chuva, para ter o mínimo de segurança para as pessoas. Porque esse tipo de fenômeno não dá aviso prévio”, disse.

Um período de pelo menos três dias de seca foi pré-determinado para uma nova análise e resposta seja dado.

No total, 65 famílias, que correspondem a aproximadamente 300 pessoas, estão fora de suas casas. Elas precisaram sair às pressas no final da noite desta quinta-feira (23) por determinação da Defesa Civil estadual após receber um laudo de risco iminente de desmoronamento.

Abaixo a entrevista que o geólogo concedeu à Rádio Independente

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