Manifestantes pedem esclarecimentos a respeito de dinheiro e doações da enchente, em Cruzeiro do Sul

O grupo foi ouvido e teve a posição da administração, liderada pelo prefeito João Dullius

No final da tarde desta terça-feira, dia 10 de outubro, diversas pessoas, integrantes de famílias que foram atingidas pela enchente catastrófica dos dias 4 e 5 de setembro, que ainda traz reflexos, se uniram em forma de protesto, em frente a Prefeitura de Cruzeiro do Sul. O ato teve o acompanhamento da Brigada Militar.

Os manifestantes solicitaram maior transparência a respeito de doações, assim como, melhor atendimento e determinados setores responsáveis por atenderem suas demandas.

Quando as pessoas começaram a se reunir no entorno da Praça Dona Laura, a Administração Municipal, liderada pelo prefeito João Henrique Dullius, fez o primeiro contato com representantes do grupo. Passado um período após o início das manifestações, três representantes foram recebidos no gabinete do Poder Executivo pelo prefeito, o secretário de Administração e Finanças, Leandro Johner e o assessor jurídico, Samuel Beuren. Também participaram a presidente da Câmara de Vereadores, Daiani Maria (MDB) e os legisladores, Marni Ledur (MDB) e Isidoro Weschenfelder (Progressistas).

Foram diversas pautas levantadas durante o encontro que se estendeu por cerca de uma hora.

Entre os assuntos esteve o pedido por isenção do IPTU para as residências atingidas pela enchente. Conforme explicado pelo poder público, a Lei não permite que simplesmente o prefeito renuncie a receita. Para que esse processo seja possível, é necessário um estudo de impacto, ou seja, uma análise para ver quantos teriam o direito de ser isento e o impacto econômico que isso significaria para os cofres públicos perante o atendimento em outras áreas como, por exemplo, educação e saúde. Após o estudo, é necessária a elaboração de um projeto de lei que também precisa do aval do Poder Legislativo. A possibilidade está sob estudo da Administração Municipal.

Também foi questionado sobre o destino do dinheiro dos governos estadual e federal. Na ocasião, os município deixou claro que não tem gerência sobre esses recursos que são prometidos diretamente para o cidadão. Quanto aos recursos encaminhados em prol do coletivo, estão sendo devidamente empregados. No mesmo sentido, também foi esclarecido como será rateado o valor de R$ 127 mil proveniente de doações via pix. Também foi garantido um extrato, sem a identificação das pessoas, de todas as doações que foram realizadas.

Os manifestantes também se queixaram do atendimento recebido no Centro de Referência em Assistência Social (Cras). Diante disso, o município se comprometeu em reunir toda a equipe para cobrar melhorias. Na mesma linha, os atingidos pediram melhor atendimento nos pontos de entrega de donativos.

O grupo também questionou a respeito do aluguel social, sendo esclarecido que o direito está sendo disponibilizado, conforme levantamentos legais necessários por parte do setor de engenharia e da Secretaria de Habitação. Que há famílias que estão recebendo e outras aguardando a finalização do estudo técnico e laudos.

Ainda, foi dito que pessoas que não são da cidade estão recebendo donativos. A prefeitura disse não ter conhecimento de que houve doações para pessoas de fora. Caso tenha ocorrido, que seja informado pontualmente para que possam ser tomadas as devidas providências.

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