Evento em Cruzeiro do Sul celebra Dia Internacional da Mulher

Foto: Tiago Bald

Um público de mais de 500 pessoas ocupou o salão comunitário de Boa Esperança Alta, em Cruzeiro do Sul, nesta sexta-feira (7), para a 26ª edição do Encontro Regional do Dia Internacional da Mulher.

Organizado pela Regional Sindical do Vale do Taquari, com o apoio de diversas entidades, o evento contou com palestra com o tema Mulheres Rurais: Força, Reconstrução e Cuidado, momentos de integração, roda de chimarrão, almoço comunitário, feiras de artesanato e colonial, espaço para cuidados com a saúde, baile com a banda Dose Dupla e outras atrações.

Como de praxe em eventos do tipo, o objetivo é o de recordar a luta das mulheres por direitos, promover o respeito à igualdade entre os gêneros e possibilitar ao público uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, bem como sobre avanços alcançados. “É evidente que quando nos encontramos juntas aqui, em um espaço de acolhida, também celebramos nossas vidas e conquistas”, enfatizou a coordenadora estadual de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Lérida Pavanello, que abriu sua fala mencionando que seu nome é Resistência e que seu sobrenome é Mulher.

Foto: Tiago Bald

Indo ao encontro das manifestações, as extensionistas sociais da Emater/RS-Ascar Elizangela Teixeira e Clarice Vaz Emmel realizaram painel em que apresentaram alguns dos resultados de uma ampla pesquisa feita com mulheres rurais, com a intenção de identificar e caracterizar as agricultoras assistidas pelo serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), bem como os espaços e as formas de inserção social e econômica. Na ocasião foram entrevistadas 5.103 mulheres rurais de 461 municípios gaúchos, entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022.

Além de informações sobre o perfil das entrevistas – com dados sobre idade média, renda, escolaridade, estado civil -, o levantamento, coordenado pela Emater/RS-Ascar com o apoio do Departamento de Economia e Estatística do Governo do Estado, possibilitou concluir quase o óbvio: o de que as mulheres do campo são muito mais responsáveis pelos serviços domésticos, estando, portanto, não apenas sobrecarregadas, mas também em estado permanente de dependência financeira. “Sendo que, em muitos casos, são as mulheres as responsáveis por uma série de atividades em hortas, lavouras, pomares ou outros espaços”, frisou Elizangela.

Outros temas, ligados à violência doméstica, machismo estrutural, liberdade de expressão, sororidade, igualdade e acesso e oportunidades também foram destacados pelas extensionistas.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado

COMPARTILHE

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email