O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), está promovendo uma ação inovadora em Cruzeiro do Sul: transformar os escombros das casas destruídas pela enchente em material para recuperação de estradas e infraestrutura local.
Financiado pelo Fundo de Recursos Hídricos (Funrigs), o projeto já reaproveitou mais de 10 mil toneladas de resíduos, utilizados para reforçar acessos rurais, elevar ruas e garantir mais segurança à comunidade. A iniciativa une sustentabilidade, mineração, saneamento e resiliência, tornando-se exemplo para outras cidades do Vale do Taquari.
A secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, destacou que a ação integra o Plano Rio Grande, que visa a reconstrução sustentável dos municípios atingidos. “Trata-se de uma medida pontual e estratégica, que alia responsabilidade ambiental à recuperação econômica e social das comunidades”, frisou.
O prefeito Cesar Leandro Marmitt (Dingola) agradeceu o empenho do Estado, ressaltando os benefícios diretos da iniciativa: “O reaproveitamento do material britado tem servido para melhorar estradas, acessos de agricultores e áreas urbanas, com resultados muito positivos.”
Empresas e moradores também sentiram os efeitos da ação. O gerente de vendas da Arla, Alexandre Schneider, contou que o material foi utilizado como base no estacionamento da cooperativa, que recebe tráfego intenso de caminhões. Já o gerente operacional Paulo Vicenti ressaltou a eficácia e o simbolismo do reaproveitamento: “Cada pedaço reutilizado carrega a história de quem foi atingido pela catástrofe.”
O empresário Fabrício Luís Müller, que teve seu empreendimento destruído pela enchente, também foi beneficiado. “O material usinado serviu de base no terreno que abrigará as futuras instalações da nova estrutura da empresa”, relatou.
Para o morador Anderson Sehn, a melhoria nas vias é perceptível: “A rua nas imediações da minha casa ficou muito melhor após a aplicação do material.”
Já o vice-prefeito Carlos Spiekermann destacou o ganho em segurança: “A utilização desse material permitiu a elevação de pontos críticos, que antes ficavam alagados com qualquer cheia.”
A iniciativa simboliza não apenas a reconstrução física de Cruzeiro do Sul, mas também a renovação da esperança de uma comunidade que transforma a destruição em oportunidade de recomeço.
