De bancário a produtor de laranjas

Donato Dullius transformou seu momento de lazer em negócio após a aposentadoria
Fotos: Arquivo pessoal

Depois de dedicar boa parte da vida auxiliando a cuidar da vida financeira de outras pessoas e gerenciando agências da Caixa Econômica Federal, o morador do Bairro São Rafael, em Cruzeiro do Sul, Donato Dullius, atualmente se dedica a sua produção de frutas cítricas.

Formando em contabilidade, o bancário, hoje com 60 anos de idade, se aposentou em 2017, depois de 28 anos atuando em agências de Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Muçum, Lajeado e Estrela. Contudo, em 2007, iniciou a sua experiência no cultivo de frutas cítricas em sua propriedade. Na época começou como um hobby, um momento para desopilar das exigências e do stress da vida de um bancário.

Donato conta que tudo iniciou quando visitou um viveiro no município de Pareci Novo e de lá voltou com duas mudas de cada variedade, totalizando 50. A partir disso, foi fazendo uma seleção das variedades e aumentando o cultivo do que hoje é considerado um bom negócio. Atualmente o cruzeirense mantém em torno de três mil pés, numa área de 5,5 hectares. A propriedade ainda possui cerca de um hectare de mata nativa. O foco na produção é laranja para suco, limão e as bergamotas ponkan e montenegrina.

Dullius assinala que a colheita se estende de abril a novembro e que a média atual é de 100 caixas por semana. O mercado fica nos municípios de Cruzeiro do Sul, Lajeado, Estrela e Bento Gonçalves.

Entre as preocupações do produtor está o cuidado com as plantas. Assim, ele preza pela adubação e pulverização biológica. “Uso o mínimo possível de produtos químicos”, assinala. Na mesma linha Dullius lamenta a carência, em nossa região, de assistência técnica nesse tipo de produção, tendo que procurar orientações fora do Vale do Taquari. “Já visitei várias áreas, inclusive em São Paulo”.

Donato Dullius se diz satisfeito com a escolha, não somente pelo retorno financeiro, mas também pela qualidade de vida. “Hoje não tenho mais a pressão da rotina diária do banco. A mudança é indescritível”, pontua o produtor, que ainda aproveita seus momentos de folga para praticar o ciclismo, normalmente na companhia de uma de suas filhas.

A produção na propriedade de Donato Dullius pode ainda se voltar para o turismo e o sistema “colhe e pague”, mas isso ainda é uma ideia que está em amadurecimento, garante o proprietário.

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