Cruzeiro do Sul participa de discussão de medidas para minimizar possíveis danos em futuros eventos climáticos

Foto: MPRS

Na tarde desta terça-feira, 27 de fevereiro, a Promotoria de Justiça de Lajeado, no Vale do Taquari, sediou uma reunião para definir melhoras nas respostas dos municípios da região a desastres climáticos, como a enchente de setembro de 2023 que matou 52 pessoas e deixou outras 17 mil fora de casa.

No encontro foram discutidas medidas para minimizar possíveis danos em futuros eventos climáticos. O evento reuniu o Ministério Público do Rio Grande do Sul, representantes do Governo do Estado, da Defesa Civil, e de oito municípios da região: Arroio do Meio; Cruzeiro do Sul; Encantado; Estrela; Lajeado; Muçum e Roca Sales. De Cruzeiro participaram: o prefeito João Henrique Dullius; o secretário de Assistência Social e Habitação Adeildo Mello; a procuradora Sabrina Schmitt; e as assistentes sociais Elisângela Beatriz Becker e Gelci Danieli.

Na reunião, as assistentes sociais do Gabinete de Assessoramento Técnico do MPRS Silvia Tejadas e Cláudia Luz apresentaram um diagnóstico das políticas públicas adotadas pelos municípios da região nesta área. Em foco, políticas de assistência social, saúde mental e habitação. Para o estudo, foram entrevistados prefeitos, secretários, coordenadores de equipamentos, assistentes sociais, psicólogos, arquitetos, engenheiros e servidores da Defesa Civil destas cidades. O resultado aponta que é preciso estar preparado para correr menos risco.

O promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, responsável pela Promotoria Regional do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica dos Rios Taquari e Antas, que coordenou a reunião, está acompanhando o assunto desde o início e destaca o papel do MP. “Estamos buscando estar mais próximos aos fatos, aos gestores e às pessoas, em tempo o mais real possível. Nós estamos literalmente no meio da enchente junto com os senhores”, disse o promotor aos presentes na abertura do evento.

Presente ao encontro, a procuradora de Justiça Sílvia Cappelli, coordenadora do GabClima, ressaltou que o grande desafio é trabalhar de forma transdiciplinar. “Não estamos preparados para a força da natureza e isso é uma oportunidade de superar desafios, de mudar a nossa forma de atuar e de ser solidários frente à dinamicidade dos desastres, tomando decisões com base científica”, disse ela, destacando que, no contexto atual das mudanças climáticas, a atuação conjunta pode ser exemplo pro Estado e pro País.

Por último, conforme Diefenbach, uma vez feita essa exposição coletiva, a ideia é encaminhar relatórios individuais para cada cidade.

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