O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS) identificou, na quarta-feira (13), um corpo localizado em junho às margens do Rio Taquari, entre os municípios de Triunfo e General Câmara, por uma equipe do serviço de balsa. O corpo, que pertencia a uma mulher desaparecida em meio às enchentes do ano passado, encontrava-se em estado avançado de decomposição, o que impedia a identificação por outros métodos.
A partir do cruzamento de dados junto ao Banco de Perfis Genéticos, os peritos do Departamento de Perícias Laboratoriais conseguiram estabelecer uma correspondência entre o DNA do corpo e um perfil armazenado no sistema, vinculado a uma mulher desaparecida em 2 de maio de 2024, identificada como Adriana Maria da Silva. Ela residia em Cruzeiro do Sul.
Material genético da filha foi crucial para a identificação
A correspondência entre as amostras só foi possível graças à filha da mulher desaparecida, que doou material genético ao Instituto-Geral de Perícias durante a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas em 2024, permitindo o armazenamento do perfil em um banco de dados.
Coincidentemente, o “match” entre as amostras aconteceu durante a edição de 2025 da campanha nacional, reforçando a importância das doações feitas por familiares de pessoas desaparecidas, como destacou a chefe da Divisão de Genética Forense do IGP, Cecília Fricke Matte.
“Esse resultado evidencia a importância da colaboração dos familiares no trabalho de identificação de pessoas desaparecidas. A doação de material genético é essencial para que possamos fazer os cruzamentos e dar respostas concretas às famílias. Cada perfil doado representa uma chance real de encerrar um ciclo de incerteza e dor”, salientou Cecília.
Fonte: Rádio Independente